Quanto vale o seu caráter? Para muitos o preço de uma vantagem no trabalho, um benefício salarial, uma nota mais alta, um ponto no placar. Mas Guilherme Murray, de apenas 12 anos, mostrou o que muitos adultos estão precisando aprender: caráter não se negocia, pois não tem preço.
Disputando o Campeonato Panamericano de Esgrima, representando o Brasil, em Aruba, no Caribe, ele foi eliminado nas oitavas de final.
Ele ganharia o jogo, mas avisou ao árbitro que houve um engano. Ele recebeu um ponto que não merecia por não ter tocado no adversário. Com isso, perdeu o ponto, a prova e encerrou ali sua participação no Campeonato.
Saiu vitorioso, mostrando às pessoas um espírito esportivo e um caráter digno de medalha de ouro.
Me lembrou o recente caso ocorrido com João, meu filho mais velho de 14 anos. Precisando de pontos em filosofia, recebeu a prova e notou que o professor havia pontuado uma questão errada. Avisou-o e com isso perdeu o tal ponto e, consequentemente, média na matéria.
Ganhou críticas de alguns colegas e muitos elogios em casa. Antes de formar um estudante com boas notas, queremos um filho de caráter.
Guilherme e João são exemplos de esperança e de que ainda há algo de muito bom na humanidade. Afinal, pessoas de caráter são como árvores de raízes firmes que, independentemente das tempestades, permanecem inabaláveis.