Outubro Rosa: Histórias de amigas do peito
Postado em: | Por: Thalita Daher | Em: Bem Servir , DestaquesEste Outubro Rosa começou especial para mim. Semana passada, tive a grata oportunidade de registrar em vídeo histórias de duas mulheres que enfrentam bravamente o câncer de mama. E também um pouco do trabalho de uma mulher que não tem câncer mas se compadece com as realidades das amigas do peito e cumpre a missão de vê-las vivendo melhor, mais felizes e mais amparadas por meio da amizade.
Elas são jovens, são mães, são trabalhadoras, são donas de casa, são lindas e são mulheres. Mas o que Taninha Freire, Kênia Orsine Maciel e Rúbia Froes têm em comum vai muito além disso. Elas têm amor pela vida. Pela própria vida, pela vida uma da outra, pela vida de outras mulheres, pela vida de Deus que flui mesmo em meio às enfermidades, diagnósticos assustadores, fracassos, más notícias, dificuldades e dores. Muitas dores.
Rúbia me contagiou com tanta disposição em servir e ajudar mulheres com câncer. Em ser amiga para toda hora e poder influenciar na qualidade de vida dessas mulheres com o que tiver ao seu alcance. Ela foi profundamente inspirada pela experiência de vida e superação de amigas com câncer e a partir disso teve sua vida transformada. Hoje, como ela mesmo diz, está aprendendo a ver mais o outro ao seu lado.
Ouvir a Taninha contar, de forma tão sensível e grata que Deus havia trazido muitas coisas boas por meio do câncer. Ser recebida pela Kênia, que abriu sua casa e coração, para contar que o câncer foi um presente de Deus já que agora ela tinha a oportunidade de ver a vida de outro ângulo. Tudo isso mexeu muito comigo. Ambas se sentem pessoas e mulheres melhor depois do câncer. E devem ser mesmo. São fortalezas de onde flui a força que só pode vir de Deus.
Elas mudaram com o câncer. Não foi a perda da mama, dos cabelos, sobrancelhas, cílios, também não foi o inchaço da medicação, os distúrbios intestinais, enjoos e outros efeitos da quimioterapia. Tampouco foram as lutas contra infecções cirúrgicas, cortes, choro, efeitos da radioterapia ou as longas sessões de fisioterapia para voltar simplesmente a levantar o braço.
Elas mudaram mesmo porque em cada fase desse processo, longo e doloroso, experimentaram na pele, na carne o poder de Deus. Viveram a realidade bíblica que diz que a graça de Deus basta e o poder Dele se manifesta na fraqueza.
De frente para cada uma, de onde pude ouvi-las contar suas histórias, suas fraquezas, suas vitórias em Deus e, sobretudo, ver o quanto são envolvidas e se mobilizam para cuidar, apoiar e incentivar outras mulheres com a doença, eu as admirava. Vez ou outra o olho enchia de água, contive as lágrimas porque fui lembrada por elas mesmo, sobre a importância do sorriso, da alegria para viver e superar qualquer coisa. E sorri. Sorri com os casos delas, sorri diante da nova perspectiva a mim apresentada, sorri para elas, sorri para a vida. E delas, ternamente, que pareciam entender o que eu conversava com os olhos, recebi de volta sorrisos. Aqueles que a gente troca com quem ama e que as amigas do peito entendem sem nem precisar explicar.
Sei que eu também mudei depois desse encontro. É impossível passar imune à essa experiência de contemplar diante de nós o maior milagre que é alguém que foi tocado por Deus, que escolheu viver com Ele e confiar em seu poder. É contagiante essa experiência de olhar para o outro e ver que é melhor sorrir, acreditar, perseverar e agradecer.
Aprendi com essas amigas do peito que precisamos ter mesmo muito amor à vida, à Deus e às pessoas. E que podemos mudar nossa perspectiva ainda hoje. Com ou sem diagnóstico de alguma enfermidade, com muito ou com pouco dinheiro, com lutas ou com tranquilidade, precisamos viver abundantemente, alegremente e gratamente o hoje porque mesmo tendo muitos e muitos anos pela frente, nada se compara à esse milagre que se chama hoje.
Às minhas amigas do peito a minha gratidão por compartilharem comigo suas histórias e detalhes daquilo que Deus fez.
À todas as mulheres, um outubro rosa inteiro pra marcar a mamografia, fazer check up, se amar e também amar e apoiar outras mulheres.
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